domingo, 31 de julho de 2022

104 anos do Seu Gusto...

In memoriam 

"PARECE QUE FOI ONTEM, PAPAI!

Hoje, às cinco da manhã, está ainda escuro. Só um pouco mais tarde o dia amanhece, nesta época do ano. Olhei algo que fiz ontem, e me entreguei às lembranças. 

Parece que foi a poucos dias. Era papai quem se levantava no clarear do dia. Era ele quem fazia o fogo ao fogão de lenha; ele retirava a erva e lavava a cuia, enquanto a chaleira já aquecia à chapa. Parece que foi ontem, que depois de uma noite de chuva forte, íamos apanhar os peixes ao cesto na queda d'agua no fim da bica. 

Não parece fazer tanto tempo, pois a lembrança ainda é bem viva, nos dias chuvosos, ao fim da tarde, papai se cansava de ficar ao fogo, e com o chapéu e algo sobre as costas para não se molhar com a chuva que já não era tão forte, sob os protestos impertinentes de mamãe, ia andar sobre o milharal, pois queria ver como cresciam as plantas depois da chuva. Olhava uma espiga aqui, outra acolá. Depois apanhava algumas que trazia para casa, coisa que não gostava que nós fizéssemos.  

Há, parece que foi ontem, papai! Um pouco de feijão, outro tanto de arroz e uma colher de banha. Depois era só mexer e cuidar para não queimar o "Revirado", que lhe servia de café da manhã, junto com um "ovo estalado". 

Agora já estávamos todos em pé. Mais algumas cuias de mate, ainda em volta do fogão, então ele dizia: "Pega a Bíblia e a Revista, vamos fazer a leitura!" Era a hora do culto doméstico. À leitura, seguia-se a oração. Só depois se ia à vida. 

Como pode fazer tantos anos, se tudo isso é ainda tão vivo, tão presente? Mas sim, o tempo passou. Papai já se foi, mamãe também. Foi-se também esse tempo, em que não pensávamos a vida, apenas íamos vivendo, um dia depois do outro, e parecia ir tão lentamente.   

Hoje penso! Já não tenho a impressão de que a vida não vai passar, pois os dias correm velozes. Sei que estou trocando dias de vida por cada coisa que faço. Sei também que já não os terei indefinidamente. E, como ainda há muitas coisas que desejo fazer, cada dia se torna uma moeda de grande valor, que só quero trocar pelo que vale para mim, pois não quero ir, como papai que se foi sem ter o seu "Armazém", que tanto sonhou ter. Só não morreu infeliz porque se gabava de, apesar de não ter seu armazém, ter suas "Mercadorias", das quais se orgulhava tanto, ao ponto de dizer: "Se eu soubesse que iam ter tanta saída, teria feito mais uma meia-dúzia!". 

Que saudade, papai! Por que teve que ir tão cedo? O bom de tudo é essa bendita esperança, que quanto mais o tempo passa, mais se aproxima o dia em que se reunirá novamente com suas "Mercadorias". E, como tudo anda tão depressa agora, logo alguns de nós irá chegar para essa reunião. Chame mamãe para perto, que mais um pouquinho e essa reunião começará; mais um pouquinho, e o eterno "culto doméstico" já poderá iniciar. 
Até breve!"
Texto de Claudio Miranda, 31/07/2020

Eduardo Miranda 

Da semana

Chima de presente 


Lembrança feito pela Emília para casal de amigos Nego e Norma 

Mais uma peça de amigurimi da cunhada Eloa

Eduardo Miranda 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Aniversário dela...

Desenho da Maria Clara pro aniversário da Emília 

Desenho da Isabelly 




E hoje é o dia dela que está sempre por trás das câmeras... mas a frente no afago e carinho... 

Feliz aniversário Maria Emília, Mila.

Eduardo Miranda 

terça-feira, 26 de julho de 2022

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Aniversário do meu neto Samuel








8 anos do meu neto Samuel, o vô Tuti deseja que as bênçãos do Senhor estejam sobre você em todos os dias... 

Com o mano e os primos 

Eduardo Miranda 

sábado, 9 de julho de 2022

Seguimos com fé

Davi em aula de teclado, aprimorando o talento 

Estreando a "nova" velha cadeira 



Primeira semana de julho 

Das boas recordações 


Eduardo Miranda